quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ensinar é aprender, não é transmitir conhecimentos



Ensinar é aprender. Não é transmitir conhecimentos. O educador não tem o vírus da sabedoria. Ele orienta a aprendizagem, ajuda a formular conceitos, a despertar as potencialidades inatas dos individuos para que se forme um consenso em torno de verdades e eles próprios encontrem as suas opções.



A etimologia revela que o substantivo aprendizagem deriva do latim "apprehendere", que significa apanhar, apropriar, adiquirir conhecimentos. O verbo aprender deriva de preensão, do latim "prehensio-onis", que designa o ato de segurar, agarrar e apanhar, prender, fazer entrar, apossar-se de.



Ensinar: palavara latina insignire, quer dizer "marcar, distinguir, assinalar". É a mesma origem de "signo", de "significado". A principal meta da educação se processa em torno da auto-realização. Logo, ela propõem a reformulação constante de diretrizes obscuras para alcance dos objetivos, comprometidos com a valorização da vida. A educação carimba a ociedade que deseja ter!




Ivone Boechat

Um comentário:

Consultora em Educação disse...

Professor
Alguém um dia se propôs a trabalhar na construção de vidas, estudou psicologia, filosofia e as melhores técnicas de comunicação. Passou dias, horas e minutos, observando o comportamento de todas as faixas etárias do ser humano.
Alguém se sentiu vocacionado e, atendendo aos apelos do coração, inscreveu-se na batalha de frente da luta milenar contra os analfabetismos.
Armado de pouquíssimos recursos materiais, postou-se, de peito aberto, levando flechadas federais, estaduais, municipais.
Alguém se especializou nas oficinas mecânicas do ser humano e candidatou-se a reformar conceitos e valores da educação mal orientada.
Alguém se inscreveu no concurso da vida, não se importando de sacrificar o próprio corpo na concorrência desleal de convênios, convenções, tratados e dissídios.
Alguém se fez alheio às dificuldades, tendo plena certeza delas, e saiu disposto a questionar leis, portarias, resoluções e regimentos. Nos desmaios da sobrevivência, impôs-se.
Alguém foi nomeado, designado, empossado para o exercício do magistério, não se perdeu no labirinto do caminho nem se assustou com o fantasma da exigência impossível. Saiu a procurar o aluno perdido nas balas perdidas da guerra civil.
Alguém convive com a distância, com a fome, com a injustiça, com a carência e a canseira, contudo, ensina gerações a acreditar no futuro, a ter fé e não se deter.
Para um ser assim tão especial, só um nome poderia identificá-lo: PROFESSOR.

Ivone Boechat